Um incêndio de grandes dimensões consumiu o armazém da Volvo - Auto Sueco, esta segunda-feira, na zona industrial do Porto, em Ramalde.
Dezenas de bombeiros participaram no combate às chamas, mas o fogo já se encontra extinto, confirma o comandante dos Sapadores do Porto, Carlos Marques.
"Não há registo de feridos", adiantou aos jornalistas presentes no local. O facto de o incêndio ter deflagrado à hora de almoço parece ter ajudado: "A fábrica foi evacuada mas, como estávamos na hora de almoço, estavam pouco trabalhadores dentro da fábrica", admite, adiantando que "foram os próprios trabalhadores que deram o alerta".
As autoridades afastaram os transeuntes da zona devido ao perigo de explosão. A rua Manuel Pinto de Azevedo e as circundantes foram fechadas ao trânsito. A zona foi evacuada pelas autoridades e o calor nas ruas adjacentes era tanto que a polícia também não deixava ninguém aproximar-se. Os edifícios vizinhos foram arrefecidos pelos bombeiros para evitar a propagação das chamas.
Na avenida AEP, no entanto, já se circula em ambos os sentidos. "Só o acesso à av. AEP pela zona industrial é que se encontra cortado", afirmou o responsável pelas operações, ao início da tarde.
"Os automóveis que estavam na zona foram retirados", diz o comandante, que também confirma que "todos os edifícios necessários foram evacuados". O espaço afetado pelas chamas tinha no seu interior muitos produtos inflamáveis e componentes de automóveis, o que explica a densa nuvem de fumo preto.
"Edifício foi todo tomado" por fogo "de difícil combate"
Aos jornalistas, o comandante responsável pelas operações confirmou que o combate foi feito "em três pontos diferentes do armazém", por dezenas de operacionais dos três corpos de bombeiros do Porto, com o auxílio de colegas de "São Mamede, Matosinhos, Leça da Palmeira e Leixões".
"Há bastantes materiais inflamáveis", indicou o comandante, o que tornou este um incidente "de difícil combate".
As chamas consumiram o edifício do centro automóvel e causaram também danos "num armazém de peças de automóveis". Nos primeiros momentos do incêndio, confirmou a Renascença, ouviram-se pequenas explosões e uma nuvem de fumo visível a largos quilómetros de distância. A informação foi posteriormente confirmada pelo comandante dos Sapadores do Porto, que admitiu ter havido "algumas explosões no interior". Aliás, é por esse motivo que o combate foi "feito pelo exterior" e com auxílio de um drone, que serviu para observar comportamentos do fogo e "gerir os meios".
Havia, inicialmente, indicação de que o fumo estaria a afetar as operações do aeroporto do Porto, mas o comandante não confirmou tal cenário.
O vento, no entanto, dificultou as operações de combate "sobretudo na zona norte", admitiu Carlos Marques, que não adianta, para já, nenhuma causa para este incêndio.
"Não conseguimos dizer qual foi a causa, mas o edifício foi todo tomado", assegura, adiantando que "o incêndio começou no armazém da Auto Sueco". "Houve grandes danos aqui na fábrica", assegurou, deixando para mais tarde uma avaliação mais aprofundada dos estragos, para um futuro comunicado que a empresa irá emitir.
O alerta foi dado às 13h49 e desde então o número de operacionais no local multiplica-se. No site da Proteção Civil, ao final da tarde, era possível ver que estavam no local 147 operacionais, auxiliados por 52 veículos. Havia também viaturas do INEM nas imediações.
[Notícia atualizada às 18h15 de 29 de julho de 2024]