A manifestação “Casa para viver” em Lisboa, marcada para este sábado, terminou com confrontos.
Na praça Martim Moniz, ponto de chegada da marcha, a detenção de duas mulheres fez subir os ânimos.
Em resposta a insultos e objetos arremessados, a PSP carregou sobre manifestantes.
“As meninas foram detidas porque estavam sem documentos. Os companheiros de manifestação ficaram assustados”, contou Carolina Abreu, da STOP Despejos, à Renascença.
“Elas estão a pedir para diminuir a pressão aqui fora, porque estão dispostas a ir até à esquadra. O problema é falta de documentos. Os companheiros [aqui fora] estão desconfiados, preocupados que seja uma atitude fascista", explicou.
Em comunicado, a PSP fez saber que as "duas manifestantes provocaram danos em diversos estabelecimentos comerciais, pintando as respetivas paredes e montras".
"Os polícias que procediam à abordagem foram cercados e atacados, através de agressões físicas, com contato direto, do arremesso de pedras e de garrafas de vidro, pelo que optaram por entrar num supermercado ali existente, para se protegerem e protegerem as duas manifestantes abordadas."
Outros manifestantes "tentaram forçar a entrada no supermercado, pelo que foi necessário o uso da força e meios coercivos de baixa potencialidade letal, bem como mobilização de reforços policiais para conter as agressões em curso".
Várias viaturas da polícia na zona foram vandalizadas.
Ao início da noite, muitos manifestantes estavam ainda reunidos, em vigília, no Martim Moniz.