O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na qual apela à união da comunidade internacional para evitar que o conflito na Ucrânia conduza a uma nova guerra mundial.
"A Bielorrússia exorta os países do mundo a unirem-se para evitar que o conflito regional na Europa se transforme numa guerra mundial em larga escala", escreveu Lukashenko na missiva, citada nesta segunda-feira pela agência de notícias estatal Belta.
O Presidente bielorrusso afirmou que o seu país, atualmente o principal aliado de Moscovo, não é um agressor, como tentam apresentá-lo no Ocidente, não trai ninguém e sempre se manifestou "a favor do reforço da segurança regional e global".
Na carta, o líder bielorrusso insistiu ainda que "é do interesse de todos não permitir que o conflito [na Ucrânia] assuma um caráter prolongado" com consequências desastrosas para o desenvolvimento sustentável.
Isso, segundo defendeu Lukashenko, será possível com "acordos legais concretos" abordando as preocupações de segurança das partes em conflito "e de outras partes interessadas, incluindo grandes e pequenos intervenientes" na arena global.
A Ucrânia, que partilha fronteira com a Bielorrússia, acusa Minsk de ceder o seu território para permitir a intervenção militar russa em solo ucraniano, iniciada em 24 de fevereiro.