Covid-19. Pandemia continua a decrescer em todos os parâmetros
07-05-2021 - 20:06
 • Hélio Carvalho

O relatório semanal do INSA e DGS apresenta um abrandamento contínuo da pandemia. A variante brasileira saltou de 0,4% de prevalência em casos identificados para 4,3%, mas a britânica continua a dominar, acima dos 90%.

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A pandemia da Covid-19 continua a perder ritmo em Portugal e os vários parâmetros que o país usa para controlar a propagação do vírus continuam a descer. São essas as conclusões do relatório semanal sobre a monitorização das linhas vermelhas do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), publicado esta sexta-feira.

Segundo os dados apresentados, a incidência nacional do vírus nos últimos 14 dias foi de 57 casos por 100 mil habitantes, bem abaixo da linha vermelha definida pelas autoridades de saúde de 120 casos por 100 mil habitantes. Segundo o relatório, ao longo da última semana foi registada neste sentida uma "tendência ligeiramente decrescente a nível nacional".

Também o índice de transmissibilidade, o R(t), manteve-se abaixo de 1 tanto a nível nacional (0,92) como nas várias regiões do país.

Nos hospitais, tal como se tem verificado nos relatórios diários da DGS sobre a situação epidemiológica, as unidades de cuidados intensivos (UCI) apresentam uma "tendência ligeiramente decrescente, encontrando-se abaixo do valor crítico definido (245 camas ocupadas)".

Segundo o último relatório da DGS, estavam internadas em UCI esta sexta-feira 75 pessoas, menos duas em relação ao dia anterior.

Relativamente à testagem, o relatório conjunto do INSA e da DGS aponta que houve "um decréscimo do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias".

A proporção de testes positivos em relação ao total número de testes realizados mantém-se, no entanto, abaixo dos 4% definidos como o limite - cerca de 1% dos testes realizados nos últimos sete dias apresentaram um resultado positivo.

Também a proporção de casos confirmados notificados com atraso mantém-se abaixo do limiar de 10% e, na passada semana, "97% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 foi isolado em menos de 24 horas após a notificação, e foi rastreado e isolado 81% dos seus contactos."

A variante identificada no Reino Unido, a B.1.1.7 continua a ser a que tem maior prevalência nos casos identificados de Covid-19, estando presente 91,2% dos casos.

Já as variantes identificadas na África do Sul e do Brasil foram identificadas, até ao dia 5 de maio, em mais nove casos e 16 casos respetivamente, desde o último relatório. No total, há 77 casos identificados com a variante da África do Sul (que passou de representar 2,5% dos casos em março para 1,3% dos casos em abril) e 101 casos da variante associada a Manaus, no Brasil (cuja prevalência aumentou, de 0,4% em março para 4,3%)

A estirpe B.1.617 identificada na Índia, a mais recente a entrar no país e a surgir no panorama internacional, foi identificada em sete casos em Portugal até ao dia 5 de maio, "sendo que os dados genéticos sugerem a existência de várias introduções distintas no país."