Os mediadores imobiliários continuam a negar a possibilidade de Portugal viver uma bolha imobiliária.
No espaço de um mês - Banco de Portugal e FMI - alertaram para o risco de sinais de desequilíbrios revelantes em algumas áreas, com particular destaque para o sector da venda de casas. O aviso do Fundo Monetário Internacional foi conhecido na quinta-feira, com o organismo presidido por Christine Lagarde a lembrar que os desequilíbrios entre a procura e a oferta estão a levar a uma forte valorização do imobiliário residencial.
Ouvido pela Renascença, o presidente da Associação Portuguesas das Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP), Luís Lima, reconhece exageros nos preços da habitação nos grandes centros, mas assegura que não existe o "risco de bolha imobiliária generalizada".
“Pode é haver em determinados pontos de Lisboa, Porto, eventualmente no Algarve pequenas bolhinhas”, acrescenta.
"Os preços exageradamente caros" nos principais centros urbanos são, para Luís Lima, "uma oportunidade para o país" e, em particular, para o interior.
O presidente da APEMIP sugere que "se descentralize o investimento imobiliário" e que se incentive a procure estrangeira no interior do território.