Demorou cinco horas a operação de resgate de 369 migrantes levada a cabo pelo “Ocean Viking”, o navio da organização SOS Méditerranée, na noite de domingo para esta segunda-feira.
O barco em que seguiam estava prestes a afundar-se. Entre as pessoas resgatadas estão nove mulheres, um bebé, duas crianças e 110 menores desacompanhados, originários em particular do Egito, Bangladesh e Eritreia.
Segundo a publicação que a organização colocou no Twitter, existem ainda 572 sobreviventes a bordo.
Esta é a sexta operação de resgate, sendo que a anterior tinha ocorrido também no domingo e permitiu resgatar 67 pessoas, 20 das quais menores. Este resgate envolveu um "grande barco de madeira", que estaria "em perigo na região de busca e resgate da Líbia" no final da tarde de domingo, disse um porta-voz da ONG à agência de notícias AFP.
Na tarde de domingo, o “Ocean Viking” já havia ajudado 71 migrantes em perigo que viajavam num barco extremamente sobrecarregado na área de busca e resgate de Malta.
Os seus ocupantes fugiam da Líbia, donde haviam saído três dias antes e, sem comida e água a bordo, estavam exaustos no momento do resgate.
As Nações Unidas recentemente exigiram à Líbia e à União Europeia (UE) reformas nas suas operações de busca e salvamento no Mar Mediterrâneo, alegando que as práticas atuais privam os migrantes dos seus direitos e de dignidade, quando não lhes retiram a vida.
A SOS Méditerranée é uma organização europeia para o resgate de pessoas no mar e diz já ter resgatado mais de 30.000 pessoas desde fevereiro de 2016, primeiro com o “Aquarius”, depois com o “Ocean Viking”.