O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse esta quinta-feira que "discorda fortemente" da decisão do Supremo Tribunal de eliminar os programas de discriminação positiva nas universidades, que acaba com a possibilidade de haver quotas de compensação para algumas minorias.
De acordo com Biden, a discriminação baseada na raça continua a existir dos Estados Unidos da América (EUA) e o tribunal, onde atualmente a maioria dos juizes é conservadora, "mais uma vez afastou-se de décadas de precedentes".
O chefe de Estado também pediu às universidades que não deixem a decisão do Supremo "ser a última palavra".
"Não devem abandonar o seu compromisso de garantir corpos estudantis de diversas origens e experiências que reflitam toda a América", apelou Biden na Casa Branca.
O Presidente norte-americano defendeu ainda que as universidades devem avaliar a "adversidade superada" pelos candidatos.
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos colocou hoje fim aos programas de discriminação positiva nas universidades, rejeitando a possibilidade de haver quotas de compensação para algumas minorias.
A maioria de seis magistrados conservadores (alguns indicados pelo ex-presidente Donald Trump) considerou inconstitucionais, contra a opinião dos três juízes progressistas, os procedimentos de admissão nas universidades pela cor da pele ou pela origem étnica dos candidatos.
Vários dirigentes Republicanos e organizações conservadoras dos EUA, encabeçados por Trump, saudaram hoje a decisão do Supremo Tribunal de acabar com os programas de discriminação positiva nas universidades.