Mais de 300 portugueses aceitaram mudara hábitos alimentares e passaram a consumir menos sal. O desafio foi lançado no âmbito do estudo ReEducar, que faz parte do programa “Menos Sal Portugal”.
O estudo começou em janeiro e durou cerca de oito meses, sendo que cada voluntário foi acompanhado durante 12 semanas.
Conceição Calhau, investigadora e professora da NOVA Medical School, explicou à Renascença como é que a experiência funcionou.
“Os voluntários tinham consultas de nutrição clínica para serem avaliados os parâmetros de peso, perímetro da cintura, pressão arterial e depois idas ao supermercado em que um nutricionista estava com o voluntário no supermercado a ensinar a fazer as compras e a ensinar a ler os rótulos nutricionais”, detalha a investigadora.
Com a ajuda do nutricionista, os consumidores passaram a saber, “olhando para os rótulos, para a quantidade de sal por 100 gramas de alimento ou por 100 mililitros de alimento, quais é que são considerados produtos a não comprar e aqueles que deviam ter como prioridade de escolha”.
Esta quarta-feira vão ser apresentados os resultados da experiência, mas Conceição Calhau adianta desde já algumas mudanças alcançadas.
“A adesão ao padrão alimentar mediterrânico aumentou, tivemos mais consumo de hortofrutícolas, consumo de menos carne e menos carne processada”, específica, acrescentado que essas escolhas tiveram como consequência, por exemplo, “a redução da pressão arterial sistólica”.
Terminado esta fase do estudo, a investigadora Conceição Calhau admite que o desejo é continuar a acompanhar estes voluntários durante mais tempo de forma a garantir que os novos hábitos foram implementados com sucesso.