Quatro projetos portugueses estão entre as 400 propostas selecionadas no concurso Starting Grants 2023, anunciou esta terça-feira o Conselho Europeu de Investigação (CEI), entidade promotora da iniciativa.
O financiamento destes projetos “oscila entre 1,5 e 2,5 milhões de euros, perfazendo um total de 7,7 milhões de euros”, informa a Fundação da Ciência e Tecnologia em comunicado.
As pesquisas nacionais debruçam-se sobre problemáticas diversas.
O projeto “Conventional Dendritic Cells – Ecology, Diversity, and Function" tem como objetivo desvendar a heterogeneidade funcional e de desenvolvimento de células que estão associadas ao início das respostas imunes a agentes patogénicos e tumores. É encabeçado por Carlos Minutti, da Fundação Champalimaud.
A investigação “FINGERprinting cold subduction and Plate Tectonics using key minerals”, liderado por Inês Pereira, da Universidade de Coimbra, debruça-se sobre a temática da evolução da tectónica de placas e tentando responder à questão de quando estas surgiram na Terra.
Giulia Ghedini concorreu pelo Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) com a pesquisa “Mapping metabolic responses to understand coexistence and community functioning”, visando avaliar como as respostas metabólicas a competidores afetam a coexistência e dinâmicas comunitárias no fitoplâncton marinho.
Também pelo IGC, Ilana Gabanyi, lidera o projeto “Trafficking mechanisms and physiological factors mediating a direct gut microbiota-brain neuron interaction”, que tem como objetivo decifrar a comunicação direta de sinais provenientes da microbiota intestinal para os neurónios.
Para além destes quatro projetos, há outros três investigadores portugueses a desenvolver o seu trabalho no estrangeiro, que foram selecionados para financiamento, totalizando 4,5 milhões de euros.
Trata-se de Fernando Santos, da Universidade de Amesterdão, com o projeto “Responsible Link-Recommendations in Dynamic Environments”, de Diana Pinheiro, do Instituto de Investigação de Patologia Molecular em Viena com um estudo sobre formação e desenvolvimento dos embriões, e de Ana Gomes, que está atualmente na Universidade de Montpellier e CNRS, onde irá liderar o projeto “Cell cycle progression in malaria parasites”.
Desde o início do Horizonte Europa (2021-27), o programa-quadro de financiamento europeu de investigação e inovação, as instituições nacionais já captaram 478 milhões de euros, informa ainda a FCT.