O Ministério das Finanças diz que o aumento de capital na Caixa Geral de Depósitos (CGD) será de 2.500 milhões de euros, porque os prejuízos divulgados pelo banco público, apesar de recorde, estão abaixo do previsto.
"O aumento de capital, inicialmente estimado em até 2.700 milhões de euros, fixa-se agora em 2.500 milhões de euros, na medida em que os resultados da CGD apresentados hoje revelam que as necessidades de provisionamento são inferiores às inicialmente previstas, não havendo por isso necessidade de injectar o capital máximo que tinha sido apontado", afirma o Ministério das Finanças em comunicado.
O aumento de capital é a próxima fase do processo de recapitalização do banco, depois da transferência, em Janeiro, da transferência de acções da ParCaixa para a CGD no valor de 500 milhões de euros e de instrumentos de capital contingentes (CoCo's) subscritos pelo Estado, incluindo juros corridos e não pagos, no valor de 945 milhões de euros, recorda a tutela.
Por fim, a CGD vai realizar uma emissão de dívida num total de 930 milhões de euros, "elegível para efeitos de cumprimento dos rácios de capital regulatório", dos quais 500 milhões a breve trecho (ainda em Março) e o restante até 18 meses após a primeira emissão.
"A subscrição da emissão será feita por investidores privados. O instrumento financeiro a emitir não será convertível em acções da CGD, assegurando-se a manutenção da CGD como um banco integralmente público", asseguram as Finanças.
Para o ministério liderado por Mário Centeno, depois de concluído o aumento de capital da CGD, agora autorizado pela Comissão Europeia, "Portugal fica com o seu principal banco em condições sólidas, assim contribuindo para o fortalecimento do sistema financeiro do país e para a dinamização da economia portuguesa".