O militar português que sofreu um trauma ocular durante a manutenção da sua arma, na República Centro Africana, vai ter alta hospitalar esta semana com “prognóstico de recuperação total”, disse à agência Lusa fonte do Estado-Maior das Forças Armadas (EMGFA).
De acordo com a fonte, o militar tem “prognóstico de recuperação total” mas continuará a ser acompanhado em consulta de especialidade e após a alta clínica regressará à sua unidade, em Tomar, 1.º batalhão de infantaria paraquedista, adiantou fonte do EMGFA.
O soldado da 3.ª Força Nacional Destacada na missão da Organização das Nações Unidas (ONU) na República Centro Africana (RCA) sofreu um trauma no olho esquerdo a 30 de agosto, durante uma operação de manutenção da sua arma, no seguimento “da libertação acidental de uma peça do carregador”, divulgou na altura o EMGFA.
O soldado paraquedista foi transportado no dia seguinte para Portugal e deverá ter alta do Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, até ao fim da semana.
Esta terça-feira, em declarações aos jornalistas à margem de um debate sobre a “A Política de Segurança e Defesa e o Futuro da Europa”, em Alverca, o ministro da Defesa Nacional congratulou-se com a recuperação do soldado, afirmando que "está tudo bem" e assegurando que o país “não deixa ninguém para trás”.
“Estou muito contente que o soldado que teve aquele problema, um ligeiro ferimento no olho, felizmente e até ver está tudo bem. Nós não deixamos ninguém para trás, é bom que esses homens e mulheres que estão num contexto extremamente exigente e difícil, que percebam que se infelizmente acontecer alguma coisa, nós vamos lá e faremos tudo para que fiquem bem”, disse Azeredo Lopes.
Na RCA, resumiu, “até agora houve dois feridos [nos contingentes portugueses] e agora um terceiro, numa operação de rotina mas felizmente está tudo bem”.
Portugal está presente na República Centro Africana, no quadro da missão das Nações Unidas (MINUSCA), com a 3.ª Força Nacional Destacada Conjunta, composta por 156 militares, dos quais 153 do Exército, sendo 123 paraquedistas, e três da Força Aérea, que iniciaram a missão em 05 de março de 2018 e têm a data prevista de finalização a 5 de setembro.
Um novo contingente, também de militares paraquedistas, partirá para a RCA na madrugada do dia 6 de setembro para mais seis meses na missão da MINUSCA.