Os novos órgãos de direção do Partido Socialista (PS) foram eleitos com larga maioria, este sábado, acima dos 90% dos votos.
No final da reunião da Comissão Nacional, Carlos César, presidente socialista, disse aos jornalistas que vê um claro sinal da unidade do partido, que já se tinha verificado no congresso de agosto.
“Esta comissão nacional fez uma demonstração que era conhecida na sequência do nosso último congresso, mas que foi agora consolidada de um ambiente de grande unidade, de grande confluência, no interior do Partido Socialista”, disse.
José Luís Carneiro foi reeleito secretário-geral adjunto dos socialistas com 91% dos votos, durante uma reunião da Comissão Nacional do PS que se realizou em Lisboa e em que foram eleitos os órgãos de direção partidária.
“As votações que se verificaram, para os diversos órgãos que competia a comissão nacional do PS eleger, foram, todas elas, votações dos mais de 240 participantes, largamente maioritárias”, continuou. “Todos os órgãos foram eleitos com mais de 90% dos votos, que se exprimiram como voto secreto. Foi uma demonstração muito grande da unidade que hoje se vive no Partido Socialista”.
Esta unidade do partido implica também uma responsabilidade acrescida, tendo até em conta os resultados das autárquicas, admite César. “É preciso que os autarcas do PS que perderam as eleições sejam oposição construtiva”, disse.
Recado para, entre outros, Fernando Medina, um dos autarcas que não viram o seu mandato reconduzido e que, com as eleições, foram atirados para uma oposição que a direção nacional do PS quer agora que seja construtiva em todo o país.
O presidente do PS foi ainda questionado sobre o artigo de Cavaco Silva, este sábado, no jornal Expresso, onde o ex-chefe de Estado culpa os socialistas pelo empobrecimento do país ao longo dos anos.
“Estou sempre muito desatualizado em relação à produção literária do professor Cavaco Silva”, justificou o antigo presidente do Governo Regional dos Açores entre 1996 e 2012.