Políticos não têm prioridade nas vacinas
23-12-2020 - 07:40
 • Eunice Lourenço

Açores e Madeira recebem primeiras vacinas em janeiro. Vão duas caixas para cada região autónoma.

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As primeiras vacinas anti-Covid estão quase a chegar a Portugal e, no dia 27, começam a ser vacinados os primeiros profissionais de saúde.

Os titulares de cargos políticos fazem parte dos grupos prioritários?

Não. Não há um grupo especial para os políticos ou titulares de cargos políticos. O grupo que coordena o plano de vacinação optou por não fazer uma tipificação desse género. Há políticos que podem fazer parte de grupos prioritários, mas não por serem políticos e sim devido à sua profissão ou pela sua condição de saúde ou em função da idade.

Então o Presidente da República e o primeiro-ministro não vão ser dos primeiros a receber a vacina?

Não, pelo menos a julgar pela informação disponível. Mas, como os responsáveis já disseram várias vezes, este é um plano que vai sendo adaptado. O Presidente da República já disse que fará parte da segunda fase da vacinação, que é a que vai incluir os maiores de 65 anos e que deve começar em março.

E os militares e as forças de segurança são prioritários?

São. Fazem parte da primeira fase, mas só devem começar a ser vacinados em fevereiro, uma vez que as doses que chegarão em janeiro não vão sequer chegar para vacinar as 250 mil pessoas previstas e que estão no âmbito dos profissionais de saúde diretamente envolvidos nos cuidados a doentes com Covid-19, os profissionais e residentes em lares e os profissionais e internados em unidades de cuidados continuados.

As vacinas vão chegar todas ao mesmo local?

Em Portugal continental, sim. Haverá um centro donde depois serão redistribuídas. Mas os Açores e a Madeira também vão receber vacinas diretamente.

Quando?

As primeiras doses para cada uma das regiões autónomas vão chegar em janeiro: duas caixas para a Madeira e outras duas para os Açores.

Ou seja, numa primeira fase, serão 9.750 doses para cada região. Estas doses para as regiões autónomas são um bocado acima da percentagem de população que têm em relação com o continente – isto é, os Açores e a Madeira têm, cada um, cerca de 2,5% da população portuguesa, mas vão receber 3,1% das doses da primeira fase, porque uma caixa seria abaixo da sua proporcionalidade, pelo que recebem duas.

É feito assim para não fracionar caixas que, como se sabe, são próprias para a conservação da vacina Pfizer.

E os grupos prioritário, são os mesmos?

Sim, são. Também vão começar pelos profissionais de saúde e pelos utentes e funcionários de lares.