O ministro das Finanças, João Leão, afirma que Portugal vai conseguir fechar o ano de 2021 com um défice dentro da previsão de 4,3%, admitindo que se houver desvios será para ficar abaixo daquela meta.
Reagindo aos dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), João Leão afirmou que estes permitem garantir "desde já que no conjunto do ano de 2021 Portugal vai, mais uma vez, cumprir as metas orçamentais" com que o Governo se comprometeu e assegurar uma redução do défice orçamental para 4,3% do PIB [Produto Interno Bruto]".
Porém, acrescentou, "a acontecer algum desvio será no sentido de ficar abaixo do previsto no Orçamento do Estado", sublinhando, porém que deverá "ficar próximo" da meta inscrita na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) entretanto chumbada no parlamento.
O INE divulgou hoje que o saldo orçamental registou um excedente de 3,5% do PIB no 3.º trimestre do ano, o que compara com um défice de 4,2% no período homólogo.
"Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP [Administrações Públicas] no 3.º trimestre de 2021 atingiu o valor positivo de 1.904,1 milhões de euros, correspondentes a 3,5% do PIB, o que compara com -4,2% no período homólogo", pode ler-se nas Contas Nacionais Trimestrais Por Setor Institucional, divulgadas pelo INE.
Já tendo em conta o ano terminado no 3.º trimestre, o INE indica que o défice diminuiu 2,0 pontos percentuais, para 3,9% do PIB.
João Leão destacou que estas dados refletem um "resultado muito positivo" que "assenta na forte recuperação da economia e do emprego, que atingiu neste trimestre o valor mais alto da última década".