Guterres admite que vacina da Covid-19 pode ser única forma de voltar à normalidade
16-04-2020 - 07:13
 • Lusa

Secretário-geral da ONU assume que vacina que trave a pandemia do novo coronavírus “pouparia milhões de vidas e milhares de milhões de dólares”.

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considera que “uma vacina segura e eficaz pode ser a única ferramenta que permite o retorno do mundo a um sentimento de normalidade”, na sequência da pandemia do novo coronavírus.

Numa videoconferência com representantes de cerca de 50 países africanos membros da organização, na quarta-feira, Guterres admitiu que tal vacina “pouparia milhões de vidas e milhares de milhões de dólares”.

Por isso, apelou à aceleração do desenvolvimento de uma vacina de acesso “universal”, que permita “controlar a pandemia” do novo coronavírus. O antigo primeiro-ministro português revelou-se, ainda, esperançado de que a vacina possa estar disponível antes do fim do ano.

“Precisamos de um esforço ambicioso e de uma abordagem harmonizada, integrada e otimizada para maximizar a velocidade e a escala necessárias para o desenvolvimento universal de tal vacina até ao final de 2020”, insistiu o secretário-geral da ONU.

Guterres revelou, ainda, que foram já angariados “cerca de 20%” dos dois mil milhões de dólares em donativos necessários para implementar um vasto programa humanitário de resposta à pandemia por parte da ONU. Verba para a qual já tinha apelado a 25 de março.

África equipada pela ONU e pela OMS


O secretário-geral da ONU revelou que, desde o início da pandemia, a organização que lidera equipou 47 países africanos com testes para a Covid-19, graças à Organização Mundial da Saúde. Guterres elogiou, também, os esforços de vários governos africanos para mitigar as consequências da pandemia.

Entre os exemplos, Guterres apontou o apoio alimentar proporcionado por Cabo Verde, país africano de língua oficial portuguesa.

A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 131 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 436 mil doentes foram considerados curados.

África regista 874 mortos e 16.285 infetados pelo novo coronavírus.