“Foi com satisfação” que Portugal verificou que estava “alinhado com a Organização Mundial de Saúde” (OMS) no que diz respeito ao regresso às aulas, disse a diretora-geral de Saúde nesta quarta-feira.
Durante a conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica em Portugal, Graça Freitas sublinhou que a orientação geral da OMS também defendida pelas autoridades portuguesas é que as atividades escolares devem ser afetadas o mínimo possível.
O mesmo afirmou a ministra da Saúde. “As atividades escolares e educativas deverão ser o mínimo afetadas e interrompidas”, sublinhou. “As nossas preocupações devem focar-se na segurança das crianças e da comunidade educativa e no controlo da infeção e transmissão”, acrescentou Graça Temido.
A ministra destacou a importância das atividades presenciais “para o crescimento das crianças”, que deve ser “enquadrada numa lógica de análise do que é a melhor evidência disponível e da experiência na prática, dado que há pouca evidência disponível”.
Isto, porque a maior parte dos países decidiu fechar de imediato as escolas no início da pandemia – “houve mais de um bilião e meio de crianças sem ir à escola e é difícil isolar o efeito desta medida das outras tomadas” no âmbito da contenção do vírus.
Certo, lembra ainda Marta Temido, é que “houve efeitos negativos no desenvolvimento das crianças e da sociedade”.
O novo ano letivo começa entre os próximos dias 14 e 17, o que vai “envolver milhares de pessoas” a circular. “Só alunos são 1,2 milhões”, indica a diretora-geral da Saúde.
Graça Freitas diz, por isso, que os próximos meses serão de avaliação, não só por esse fator de maior circulação de pessoas como pela “alteração da epidemiológica da doença, própria do Inverno”.
A responsável lembra, contudo, que as principais orientações para as escolas foram divulgadas no dia 3 de julho, de modo a “permitir às escolas a preparação do ano letivo”.
Agora, há um outro documento em preparação, que será um “referencial de preparação” para três eventualidades: existência de um caso suspeito na escola, existência de um caso confirmado e ainda existência de um surto na escola.
Isto, porque “não há risco zero e temos de nos preparar”, sublinhou Graça Freitas, segundo a qual aquele referencial está a ser ultimado e será divulgado em breve.