O ministro dos Negócios Estrangeiros saudou, esta terça-feira, o acordo firmado entre Portugal, Espanha e a Comissão Europeia sobre o armazém de Almaraz, para Portugal poder aceder ao estudo de impacto ambiental. Não impede, contudo, nova queixa na Europa no futuro.
Com este acordo, "Espanha compromete-se a não emitir qualquer licença de funcionamento do armazém, não dá qualquer passo na construção desta unidade que Portugal considere irreversível" e serão identificados eventuais efeitos deste projecto e como minimizá-los, afirmou Augusto Santos Silva.
O chefe da diplomacia portuguesa falava numa conferência de imprensa conjunta com o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, que explicou que haverá um trabalho conjunto dos dois países nos próximos dois meses.
"Vamos ter acesso ao estudo de impacto ambiental realizado e este será submetido a consulta pública em Portugal", sendo feita uma avaliação técnica do documento, afirmou, adiantando que é possível que os portugueses participem nesta análise.
Espanha mantém a intenção de construir um armazém para resíduos radioactivos na central nuclear de Almaraz, que usa o rio Tejo para refrigeração.