O Ministério Público acusou 37 arguidos, alguns dos quais ligados a uma claque de futebol, por suspeitas de tentativa de homicídio, ofensas à integridade física, atentado à segurança de transporte rodoviário, roubo, furto e dano. No total são 261 crimes violentos.
Segundo uma nota colocada no site do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, "alguns dos arguidos pertencem ao subgrupo mais violento de uma claque de futebol" que, refere a investigação, exerceram violência física sobre adeptos de clubes rivais.
A TVI, que citou o despacho de acusação, refere que os acusados, 37 homens e uma mulher, são membros dos 'casual', a ala mais radical da claque não autorizada do Benfica No Name Boys.
Entre os acusados estão os suspeitos de, na noite de 4 de junho, fazerem parte do grupo que atacou à pedrada o autocarro do Sport Lisboa e Benfica (SLB), a caminho do centro de estágio do clube, no Seixal, e que poucas horas depois vandalizou a residência do então treinador do clube, Bruno Laje, após o SLB ter empatado em casa com o Tondela, 0-0, em jogo da 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
No dia seguinte ao incidente, que provocou ferimentos nos futebolistas Julian Weigl e Zivkovic, atingidos pelos estilhaços dos vidros partidos, o presidente do Benfica pediu uma "punição exemplar" para os autores.
Seis dos acusados, detidos durante a "operação Sem Rosto" da PSP, estão em prisão preventiva ou domiciliária desde 26 de junho, tendo o MP pedido ao juiz para que se mantenham essas medidas de coação no decorrer do processo.
A investigação deste caso foi dirigida pela 11.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação da PSP.