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A Rússia e a Ucrânia concordaram em estabelecer corredores humanitários para a evacuação da população ucraniana até às 19h00 (hora de Lisboa).
De acordo com agência russa de notícias Tass, as tréguas vão acontecer nas cidades de Sumy, Mariupol, Volnovakha, Izyum, bem como em Bucha, Irpin, Hostomel e Borodyanska.
As informações sobre os corredores foram enviadas à vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshchuk, informou o chefe. Mizintsev.
“Dada a deterioração da situação humanitária e com o objetivo de assegurar a segurança de civis e cidadãos estrangeiros, a Rússia observará o regime de silêncio”, afirmou o chefe do Centro de Controle da Defesa Nacional da Rússia, Mikhail Mizintsev, citado pela Tass.
Iryna Vereshchuk, vice-primeira-ministra e ministra da Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados da Ucrânia, disse esta quarta-feira que receberam uma mensagem da Federação russa com a aprovação das rotas anteriormente propostas.
No entanto, Vereshchuk diz que apesar do compromisso público formal de cessar-fogo “vimos uma experiência negativa onde mesmo tais compromissos não funcionavam”.
“Trata-se das rotas Mariupol - Zaporizhia, bem como Volnovakha – Pokrovsk”, especificou Vereshchuk.
A vice-primeira-ministra pediu aos russos que cumpram a sua promessa para que pessoas possam fugir dos abrigos onde estão agora escondidos.
Até terça-feira de manhã, tinham fugido da Ucrânia 2.011.312 pessoas, de acordo com dados divulgados do ACNUR, citados pela agência francesa AFP.
A Polónia recebeu 1.204.403 de pessoas, o que corresponde a mais de metade.
Além da Polónia, também a Roménia, Hungria e Moldávia concentram muitos dos refugiados, enquanto 103.000 viajaram para outros países na Europa, segundo a agência especializada das Nações Unidas.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.