O Parlamento aprovou a revogação do Cartão Adepto. Uma das vozes mais críticas é a de Paulo Meneses. O presidente do Paços de Ferreira mostra a sua satisfação pela decisão, apesar de deixar alertas.
“Uma decisão que vejo como positiva, mas gostava que todos víssemos como algo para servir de exemplo no futuro: Não se criarem normas ou regras por quem não tem conhecimento de facto e por quem não sai do gabinete para perceber aquilo que se passa e dos impactos de decisões como esta”, referiu.
Meneses questiona se há “alguma norma que tenha estado tão pouco tempo em vigor. Isso só prova que ela foi feita sem qualquer critério e sem qualquer conhecimento de facto”.
O líder do Paços de Ferreira pede ao Governo que opte de imediato por suspender o Cartão do Adepto, lamentando o fato dos clubes terem sido obrigados a fazer investimentos.
“Aquilo a que foram os clubes obrigados a investir para adaptar os seus estádios para a exigência que vai deixar de ser. Temos de evitar erros como este que foi cometido”, acrescentou.
O Parlamento aprovou a revogação do Cartão Adepto, criado pelo Governo com o objetivo de combater a violência e intolerância no futebol. A ideia era conceder acesso a zonas identificadas dos estádios, que normalmente são ocupadas pelas claques. Uma medida muito contestada por adeptos e clubes e que, ao fim de 11 jornadas, pode terminar.
Foi aprovada a proposta da Iniciativa Liberal. PSD e PS abstiveram-se, sendo que oito deputados do PS votaram a favor, assim como os restantes partidos.
O Cartão do Adepto entrou em vigor esta temporada e durou poucos meses, com a grande maioria dos clubes e adeptos a mostrarem-se contra a medida.