O presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, denuncia o que diz serem situações de exploração que afetam trabalhadores vindos de países como Índia, Colômbia, Brasil, Perú ou Marrocos.
O sindicato tem estado a assegurar o pagamento de várias despesas. “Pagamos a alimentação a esses trabalhadores que não têm dinheiro para comer nem para transportes. Essa não é a função do sindicato, mas numa situação destas, o sindicato tem de ajudar os trabalhadores”, afirma Albano Ribeiro, à Renascença.
O sindicalista fala em “situações de abandono por parte de redes mafiosas angariadoras de mão-de-obra, em articulação com as redes angariadoras de mão-de-obra/mafiosas portuguesas”.
O presidente do sindicato adianta que convidou, para um encontro a realizar no Porto, todos os embaixadores da Índia, Colômbia, Brasil, Perú e Marrocos, mas “nenhum se dignou responder ao convite para que os seus concidadãos começassem a chegar a Portugal de forma organizada social e laboral”.
Albano Ribeiro diz que é caso para questionar: “de que lado é que estão?”
O presidente do Sindicato da Construção de Portugal não especifica o número concreto de trabalhadores nessa situação, afirmando que “são dezenas” e garante que tem realizado denúncias junto da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).