José Alberto Costa considera que os seis pontos de desvantagem para a liderança colocam a revalidação do título, por parte do FC Porto, num plano quase inalcançável. "Muito dificilmente o Sporting deixará de ser campeão”, acredita o treinador, antigo jogador dos dragões e antigo adjunto dos leões.
Em entrevista a Bola Branca, Costa centra-se, por outro lado, na aproximação do Benfica ao segundo lugar ocupado pelo FC Porto. "Cria uma situação muito desconfortável” aos azuis e brancos, observa, numa análise aos quatro pontos que separam as duas equipas, à entrada para a jornada 30.
O Porto recebe o Famalicão, esta sexta-feira, e não deverá contar com Sérgio Conceição no banco. O treinador foi suspenso por 21 dias, na sequência da expulsão após o final do jogo em Moreira de Cónegos, mas Pinto da Costa revelou que o clube já apresentou recurso.
José Alberto Costa reconhece o "prejuízo" para a equipa provocado pela ausência do treinador principal, mas ressalva que a adversidade pode promover união.
Em relação ao castigo, que deverá afastar Sérgio dos jogos com Famalicão, Benfica, Farense e Rio Ave, o treinador admite que "pode ser justo". "Em função do histórico de Sérgio Conceição, não é de admirar que seja mais penalizado, porque a reincidência é prejudicial em termos de penalização, em qualquer circunstância", refere.
Coerência nas decisões
Ressalva, no entanto, a importância de haver "coerência" nas decisões, reclamada por Jorge Nuno Pinto da Costa, em declarações ao Porto Canal.
"Tem toda a legitimidade para pedir isso e em estar preocupado que haja dois pesos e duas medidas", diz o antigo jogador dos portistas.
Nesta entrevista à Renascença, e numa visão mais abrangente do momento atual do futebol português, José Alberto Costa destaca a posição assumida por Carlos Carvalhal, de autocrítica ao comportamento dos treinadores, e reforça a ideia de que "pouco tem sido feito para alterar a situação".
Por fim, e relativamente ao trabalho dos árbitros, o treinador admite que alguns dos erros são potenciados pelas "pressões que sofrem". "Os árbitros mostram, em determinados momentos, ansiedade e intranquilidade, que depois os faz cometer erros que por vezes vemos", acrescenta.