A Google e a Universal Music estão a negociar uma parceria para licenciar música produzida através de Inteligência Artificial. De acordo com o Finantial Times, a ideia é que passe a ser possível produzir música com base em vozes de artistas da Universal, com os direitos a reverter para os músicos.
De acordo com a mesma publicação, também a Warner Music e a Sony já iniciaram contactos com a Google no mesmo sentido.
A Universal Music representa alguns dos mais populares artistas da atualidade, como Taylor Swift ou Drake.
A iniciativa ficaria ancorada numa nova ferramenta que poderia servir de resposta para a polémica que tem rodeado o fenómeno. Em teoria, quem usasse esta funcionalidade conseguiria criar novas canções utilizando a voz de um determinado artista, as letras ou melodias.
Os artistas teriam a opção de aceitar participar nesta experiência ou não. Quem o fizesse receberia parte da receita obtida pelo novo material que fosse gerado. No caso da Warner, Drake poderá ser um problema: o artista já demonstrou, no início do ano, que não estava muito impressionado com a hipótese.
Do outro lado do espectro, Paul McCartney anunciou em junho que uma nova música dos Beatles será lançada ainda este ano com recurso a Inteligência Artificial para tratar a voz de John Lennon, morto a tiro em 1980, numa "demo" antiga.
As editoras ainda não comentaram o assunto publicamente mas, recorda a revista Forbes, o CEO da Warner, Robert Kyncl, já tinha dito que, dependendo das condições, criar novas canções usando material de artistas poderia "dar a oportunidade aos fãs de elogiar os seus heróis, com um novo nível de conteúdo gerado pelos utilizadores".