O secretário-geral do PCP considerou esta quinta-feira que o Governo podia "ter feito mais e mais cedo" na preparação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), um evento de "extraordinária dimensão" e que está para lá do seu caráter religioso.
Em declarações aos jornalistas no final de uma visita à sede da JMJ, em Lisboa, Paulo Raimundo, afirmou que "o Governo podia ter feito mais e mais cedo", considerando que "era uma exigência que se colocava tendo em conta a dimensão do evento”.
"Estamos perante um evento com uma extraordinária dimensão, (...) está muito para lá do seu caráter religioso, que tem de obrigatoriamente de envolver a sociedade. Não é indiferente para o nosso país receber um evento com estas características e dimensão", sublinhou.
O dirigente destacou que, a 19 dias do início da JMJ, ainda não é conhecido o plano de mobilidade, considerando que isso não é "um bom sinal” e que seria desejável que as pessoas saibam como vai ser a sua vida naquele período.
O comunista aproveitou ainda para agradecer a dedicação dos voluntários envolvidos na JMJ.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, Américo Aguiar, indicou que foi endereçado um convite a “todos os partidos” para visitarem a sede para “agradecer aquilo que tem sido o empenho, a atenção e a disponibilidade no acompanhamento da jornada e também pedir que possam continuar a acompanhar e a ajudar”.
“Estamos a iniciar a nossa contagem decrescente, hoje é o dia 19, portanto, estamos a 19 dias da JMJ”, afirmou o bispo Américo Aguiar.
No que toca a partidos políticos, além do PCP, também os líderes do PSD, Luís Montenegro, do CDS-PP, Nuno Melo, e do Chega, André Ventura, visitaram a sede da JMJ.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 01 e 06 de agosto em Lisboa, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.