​Rio não gostou do debate e acusa Santana de usar “truques” e “mentiras”
05-01-2018 - 17:12
 • Eunice Lourenço (Renascença) e Sofia Rodrigues (Público)

Em entrevista à Renascença e ao “Público”, o candidato a presidente do PSD reconhece que tinha sido avisado para a estratégia ofensiva do seu adversário, mas nunca pensou que “fosse tão longe”.

Rui Rio não gostou do debate desta quinta-feira com Pedro Santana Lopes e acusa o seu adversário na corrida pela liderança do PSD de usar “truques” e “meias-verdades”, ou mesmo “mentiras”, para o atacar.

Em entrevista à Renascença e ao “Público”, que será divulgada na segunda-feira, Rio avalia de forma negativa o primeiro debate entre os dois candidatos à liderança do PSD, que decorreu na RTP.

“Eu não gostei do debate. E se eu tenho entrado na mesma táctica que entrou o meu adversário, qual seria a imagem que o PSD tinha dado ao país?”, questiona Rio, acusando Santana de uma “série de ataques pessoais, uns mentiras, outros meias verdades, outros verdades”.

No debate, o primeiro entre os dois candidatos à liderança do PSD, Pedro Santana Lopes e Rui Rio envolveram-se em acusações sobre o passado, com Rio a lembrar o que chama de "trapalhadas" do Governo de Santana e Santana a acusar Rio de estar sempre a dizer mal dele e do PSD.

Nesta entrevista à Renascença e ao “Público”, Rui Rio acusa o seu adversário de usar truques e diz que não deviam abrir feridas no partido.

“Os debates, seja onde for, na América ou na Europa, têm truques. Eu também sei fazer esses truques”, afirmou o antigo autarca do Porto, avisando que é preciso “não abrir feridas” que não possam ser “saráveis”, depois das eleições directas de dia 13.

Rui Rio, contudo, não foi apanhado completamente de surpresa. “Já me tinham avisado, apesar de eu o conhecer bem, que ele poderia ir por um caminho deste género”, reconheceu. “Pensei que não iria tão longe. Pensei que só jogasse com verdades e não com meias verdades.”, continuou, referindo-se à condenação por parte de Santana por ter falado numa iniciativa da Associação 25 de Abril, em 2013. Essa acusação, para Rio, “é grave do ponto de vista democrático”.