O primeiro-ministro reitera a confiança política no seu secretário de Estado adjunto, Miguel Alves, que, enquanto autarca de Caminha, assinou um contrato de arrendamento para um futuro Centro de Exposições Transfronteiriço no concelho, num alegado negócio sem garantias que previa o pagamento de 300 mil euros de rendas antecipadas. O caso está a ser investigado pelo Ministério Público.
Perante o silêncio de Miguel Alves, que remete esclarecimentos para o seu sucessor na Câmara de Caminha, esta segunda-feira, António Costa quebrou o silêncio para expressar a confiança em Miguel Alves.
Instado a comentar, Costa disse aos jornalistas que não abre "nenhuma exceção" para comentar os casos que correm na justiça, mas "com certeza" que mantém a confiança em Miguel Alves, "senão não estaria membro do Governo".
Silêncio de Bolsonaro? "Não quero comentar"
Noutro plano, Costa não comenta o silêncio de Jair Bolsonaro, que, até ao momento, ainda não falou desde que foram conhecidos os resultados das eleições brasileiras.
"Foi muito importante as eleições terem sido disputadas. Foram renhidas, todos vimos que foi contado até ao último voto. Agora, o que é importante é que os brasileiros tenham escolhido e que, relativamente a Portugal, haja uma oportunidade de relançamento das nossas relações e para o mundo em geral que, designadamente, no que diz respeito às alterações climáticas, passamos a contar com um grande aliado", disse o primeiro-ministro aos jornalistas, à margem de uma visita à Web Summit, que arranca esta terça-feira, em Lisboa.