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Desde setembro, quase um 1.8 milhões de portugueses já desinstalaram a aplicação StayAway Covid.
Nos últimos cinco meses, a aplicação que permite rastrear contactos das pessoas com o novo coronavírus, só foi usada para enviar cerca de 2.700 alertas de contágio.
Ouvido pela Renascença, o presidente do Inesc Tec, o instituto de engenharia que criou a aplicação, explica que não há códigos porque os médicos não sabem como a aplicação funciona.
José Manuel Mendonça diz ainda que o país está a perder uma oportunidade de evitar mais contágios.
“Há centenas de milhares de pessoas que usam a aplicação, que são diagnosticadas positivamente e às quais depois não são entregues os códigos para introduzir na app e para avisar os contactos de risco que, entretanto, tiveram.”
Questionado sobre a responsabilidade por esta situação, José Manuel Mendonça aponta o dedo aos serviços de saúde.
“Essa responsabilidade é do sistema de saúde, dos médicos. Os médicos desconhecem, não dão importância e nesta altura mais do que nunca podia fazer a diferença, e se tivesse sido sempre utilizada poderia ter ajudado a minimizar o problema que temos agora”, afirma.
Perante as dificuldades manifestadas pelos médicos em utilizar a aplicação StayAway Covid o Inesc Tec já fez um pedido à Comissão Nacional de Proteção de Dados para que o processo seja facilitado, mas ainda aguarda luz verde.