O Papa Francisco parte nesta quarta-feira para a 31.ª viagem do seu pontificado, com o tema da “paz e reconciliação” como fio condutor. É uma intensa visita de sete dias, que inclui 15 discursos em três países.
É a segunda vez que Francisco visita África sub-sahariana. A primeira foi em 2015, ao Quénia, Uganda e República Centro africana. O Papa também já visitou o Egito e Marrocos.
Desta vez, a sua opção inclui Moçambique, Madagascar e Maurícias - três países da periferia, a braços com a consolidação da paz, do encontro de culturas, do diálogo inter-religioso e com problemas que resultam de catástrofes naturais e inundações.
Moçambique e Madagáscar estão na lista dos dez mais pobres do mundo, dependem de ajuda externa e têm graves problemas de corrupção.
Quanto às Maurícias, apesar da estabilidade política e melhores condições económicas, sofre de tensões étnicas e religiosas (sobretudo entre muçulmanos e hindus) e uma forte secularização entre cristãos.
Nesta quarta-feira, a agenda do Papa inclui apenas as formalidades da chegada ao aeroporto de Maputo. Após 10h30 de voo, Francisco será acolhido pelo presidente Filipe Nyusi e sua mulher e, depois das honras militares, percorre de papamóvel os sete quilómetros que separam o aeroporto da nunciatura apostólica, situada no bairro Polama Cimento no centro da capital.
Um dos momentos-chave da intervenção de Francisco em Moçambique será na missa campal de sexta-feira, no Estádio Nacional do Zimpeto, que se espera cheio e com projeção complementar no exterior, para quem não conseguir lugar.
De acordo com o censo geral da população moçambicana de 2017, a religião católica é seguida por 26% da população, o maior grupo, o Islão representa 18%, a religião zione 15%, evangélicos/pentecostais 14% e anglicanos cerca de 1%.
[Notícia corrigida às 17h32]