O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, antevê "consequências devastadoras" para os vários Comités nacionais, em face da "ausência de resposta definitiva" do Comité Internacional (COI) e suposto adiamento tardio dos Jogos de Tóquio, devido à pandemia da Covid-19.
Organização principal e seus representantes nos vários países, entre eles o COP, falaram, esta quarta-feira, por teleconferência, e da reunião saiu pouca coisa. Apenas que o quadro de apuramento vai ser reformulado, ao mesmo tempo que - sem decisão final - a competição acontecerá nas datas originais e há muito previstas.
Em declarações a Bola Branca, José Manuel Constantino antevê um cenário "devastador".
"O agravamento da situação global torna inevitável que, porventura, mais tarde do que seria desejável, o COI venha a ter a necessidade de suspender, adiar ou não realizar os Jogos. Há um conjunto de decisões que têm de ser tomadas antes e isto envolve uma logística de custos muito significativa. Portanto, não se realizando os Jogos, há implicações devastadoras sobre a economia dos Comités Olímpicos nacionais. E, naturalmente, seria preferível a antecipação de uma decisão relativamente a esta matéria", sustenta.
O presidente do Comité Olímpico de Portugal revela que o representante belga ficou sem resposta quando questionou o COI sobre esta matéria e lembra que os cenários actuais são preocupantes:
"A questão não foi respondida, foi evitada. Aquilo que se percebe é que o COI está adiar uma decisão em definitivo sobre este assunto, partindo do principio que as coisas vão decorrer de forma favorável, mas todos os sinais que nos chegam são sinais preocupantes."