Quando questionado sobre o mercado de transferências, Sérgio Conceição responde, invariavelmente, que "o mercado fica à porta do Olival", o centro de treinos do FC Porto. Roger Schmidt não fala dos portões do Seixal, mas é para lá deles que também ficam as respostas sobre as movimentações do Benfica no mercado de transferências.
Questionado sobre os dossiês Ricardo Horta, do Braga, e Fredrik Aursnes, do Feyenoord, o treinador alemão alivia para canto.
"Disse coisas boas sobre ele [Ricardo Horta], porque ele é um bom jogador. Veremos o que acontece até ao final do mercado. Estamos a trabalhar na melhoria do nosso plantel. No fim veremos o que vamos conseguir. É algo que está nos bastidores, porque temos jogos muito importantes nos próximos tempos", responde.
Sobre Aursnes, Schmidt foi ainda mais lacónico: "Não posso falar sobre jogadores que não estão no plantel. Só quando são anunciados".
A única certeza que fica é que o clube está a tentar fazer ajustes no plantel até 31 de agosto, mesmo contando com a utilização de alguns campeões do mundo de sub-19. A equipa de juniores do Benfica venceu a primeira Taça Intercontinental sub-20 e o treinador da equipa principal relevou o feito.
"Quero dar os parabéns à nossa equipa que venceu a Intercontinental. É uma grande conquista. É um ótimo sinal para o nosso trabalho", refere Schmidt, na nota que abriu a conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Dínamo Kiev, da 2.ª mão do "play-off" da Liga dos Campeões.
Uma conferência em que o alemão, como tem acontecido, expressou-se em inglês. Algo que não deverá mudar porque, admite, não tem grande talento para aprender novas línguas e o português "é difícil".
"Talvez no próximo mês já consiga ter uma conversa em português, mas tenho dúvidas de que possa treinar a equipa em português", sorri, antes de repetir a ideia de que é "uma grande honra" poder estar no Benfica, onde espera ficar, "no mínimo, dois anos", que correspondem à duração do contrato assinado.