A União Europeia (UE) condenou esta segunda-feira a realização das eleições presidenciais russas em territórios ucranianos ocupados desde fevereiro de 2022, assim com a falta de observadores internacionais para acompanhar o sufrágio.
Em comunicado, o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, referiu que as eleições presidenciais russas, entre sexta-feira e domingo, realizaram-se em "ambienta altamente restritivo exacerbado pela agressão ilegal da Rússia contra a Ucrânia" -- que começou há mais de dois anos.
"A UE condena veementemente a realização das 'eleições' dos territórios da Ucrânia que a Rússia ocupou temporariamente: a República Autónoma da Crimeia e a cidade de Sevastopol, assim como partes das regiões do Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson", acrescentou o chefe da diplomacia europeia.
A "realização de 'eleições' nestes territórios é mais uma autêntica violação da lei internacional por parte da Rússia" contra a integridade territorial, soberania e independência da Ucrânia.
Em simultâneo, a UE lamentou a falta de observadores internacionais em território russo para observar o processo eleitoral, mas os relatos que chegaram através das redes sociais e denúncias feitas por cidadãos apontam para "crescentes violações dos direitos civis e políticos" da população, "privando os eleitores de verdadeira hipótese de escolha e limitando o acesso a informação credível".