Marcelo. 25 novembro foi "importante", mas 25 de Abril foi "o mais marcante"
25-11-2024 - 10:54
 • Tomás Anjinho Chagas

Presidente da República fez revisita histórica do período do pós-25 abril e assinalou que sem o 25 de novembro podia ter existido uma "guerra civil". Marcelo sublinhou que sem o 25 de abril nunca teria existido 25 de novembro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinala a importância do 25 de novembro de 1975, mas vinca que o 25 de abril de 1974 foi o momento político "mais marcante" para a política portuguesa.

Durante o discurso na primeira sessão solene de sempre para assinalar o 25 de novembro, esta segunda-feira no Parlamento, o chefe do Estado Sousa assinalou que depois do 25 de abril havia divisões na política e no Movimento das Forças Armadas (MFA). O presidente da República fez uma enorme revisita histórica pelo período entre o pós-25 de abril e o 25 de novembro de 1975.

"Milhões de portugueses não têm praticamente memória nenhuma do período do pós-revolução", justificou Marcelo Rebelo de Sousa 12 minutos depois de começar a fazer um resumo histórico dessa época.

Marcelo Rebelo de Sousa acredita que "a 25 de abril abre-se um caminho complexo e demorado e a 25 de novembro de 1975 dá-se um passo muito importante no caminho dessas liberdades".

O Chefe de Estado não hesita ao considerar que o "25 de abril de 1974 foi, não só o primeiro, como o mais marcante em termos históricos" e que "sem ele no momento em que ocorreu não haveria 25 de novembro de 1975".

Apesar disso, Marcelo acredita que o "25 de novembro foi muito significativo porque sem ele o refluxo revolucionário teria sido mais demorado, mais agitado e mais conflitual, e para alguns poderia ter provocado uma guerra civil, que não aconteceu", distinguiu o presidente da República.

Numa cerimónia que demonstrou as divisões em torno deste tema, Marcelo Rebelo de Sousa acentuou que "não há fim da história, ela reescreve-se todos os dias, tal como se constrói todos os dias", e terminou com: "Viva a liberdade, viva a democracia, viva Portugal".