A partir de 14 de outubro, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) terá disponíveis um milhão e 400 mil doses de vacinas contra a gripe. Mas este ano há uma novidade. O alargamento da proteção.
Ouvida na Renascença, a diretora geral da Saúde diz acreditar que a vacina é mais eficaz, “porque se abrange mais um vírus”.
“É isso que estamos à espera: que tenha mais efeito sobre a gripe e diminua o número de casos”, acrescenta.
Segundo Graça Freitas, “é a primeira vez que esta vacina está a ser utilizada, não só em Portugal como no mundo em geral. Foi fabricada há muito pouco tempo”.
“Isto é um investimento brutal para o Serviço Nacional de Saúde, porque nós, no ano passado, comprámos mais ou menos o mesmo número de vacinas por quatro milhões e 800 mil euros e este ano o investimento é de 11 milhões e 300 mil euros”, sublinha.
É mais do dobro do que se gastou em 2018.
Graça Freitas foi convidada do programa As Três da Manhã a propósito dos 120 anos da Direção Geral da Saúde.
A DGS foi fundada a 4 de outubro de 1899, com o nome de Direção Geral de Saúde e Beneficência Pública.
Surgiu na sequência de um surto de peste que nesse ano assolou o Porto e o principal objetivo era melhorar a defesa contra futuras epidemias.
Ao longo do tempo, o âmbito da direção da saúde foi sendo alargado e hoje é um organismo fundamental para regulamentar e orientar a promoção da saúde e a prevenção da doença.
“Considero que a DGS tem um slogan muito feliz que é: proteger a sua saúde, proteger a nossa saúde”, afirma a atual diretora.
“A DGS, ao longo da sua história, teve a capacidade de se ir adaptando às circunstâncias e necessidades de cada época e também às expectativas das pessoas, sempre com este intuito da proteção da saúde pública, dos cidadãos no seu conjunto. E foi fazendo isso com medidas diferentes, tendo sempre dois objetivos muito grandes, que são a promoção da saúde e a prevenção da doença. Mais vale prevenir do que remediar”, conclui Graça Freitas.