O Banco Espírito Santo (BES) fechou o ano de 2015 com prejuízos de 2,6 mil milhões de euros, divulgou esta segunda-feira, em comunicado, a entidade que ficou com os activos “tóxicos” do antigo banco mau.
A entidade liderada por Luís Máximo dos Santos, que irá para administrador do Banco de Portugal, divulgou esta segunda-feira o Relatório e Parecer da Comissão de Fiscalização referente às contas de 2015, em que consta a informação de que o ano passado a entidade teve “um resultado líquido do exercício negativo de 3.598.241 milhares de euros”.
Em 2014, os prejuízos tinham sido ainda maiores, ao ascenderem a quase 9,2 mil milhões de euros, sendo que a maior parte se referia ainda ao tempo em que o antigo BES ainda existia.
O BES foi alvo de uma medida de resolução a 3 de Agosto de 2014, tendo sido criado nessa mesma data o banco de transição Novo Banco, detido na totalidade pelo Fundo de Resolução bancário, para onde foram transferidos os activos do BES que não eram considerados problemáticos. Em 2015, o Novo Banco teve prejuízos de 980,6 milhões de euros.
A entidade BES continuou a existir. Lá ficaram os activos “tóxicos” do banco da família Espírito Santo, sobretudo créditos sobre entidades do Grupo Espírito Santo, em geral de muito difícil recuperação, e filiais, nomeadamente o BES Angola.