O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, admite que Portugal tenha de aumentar o orçamento das Forças Armadas para conseguir acompanhar as medidas decididas pelos estados-membros da União Europeia relativamente à Rússia.
Em entrevista à RTP3, João Gomes Cravinho explica que deu “autorização para que, pela primeira vez, se usasse um mecanismo financeiro europeu para despesas militares, para financiar a aquisição e o fornecimento à Ucrânia de material de combate”.
O ministro da Defesa comentou ainda o facto de Putin ter dado ordem de prontidão às unidades de armas nucleares, defendendo que o Presidente russo “não intimida a União Europeia, nem intimida a NATO.”
“É preciso que o Presidente Putin e a sua liderança política compreendam que, se persistirem no caminho das ameaças, das intimidações, das agressões, da guerra, prosseguem um caminho de que sairão perdedores”, concluiu, acrescentando que a atitude de Putin mostra que o chefe de Estado russo se encontra desorientado.
A Rússia lançou, na quinta-feira de madrugada, uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.