O levantamento dos prejuízos causados pelo incêndio de Odemira, no distrito de Beja, vai ser feito até 12 de setembro, enquanto o Governo decide os apoios a conceder, revelou hoje a ministra da Coesão Territorial. Nessa data, será realizada uma nova reunião para reavaliar a necessidade de novas medidas.
Apesar de a ministra estar confiante de que será possível alinhavar os contornos dos apoios até ao final do mês de agosto, 12 de setembro é a data limite para o levantamento exato dos prejuízos, uma vez que o total ainda está por determinar.
"É o tempo de fazer o levantamento rigoroso dos prejuízos e irmos recebendo alguma informação e planeando" os apoios, afirmou a ministra Ana Abrunhosa, em declarações aos jornalistas em São Miguel, na freguesia de São Teotónio, Odemira.
Ana Abrunhosa teve, esta manhã, duas reuniões de trabalho, à porta fechada, com Proteção Civil, GNR e autarcas dos três concelhos afetados pelos incêndios, Odemira, Aljezur e Monchique. As autoridades fizeram saber da urgência dos apoios nas várias áreas, incluindo a agricultura e o turismo. A ministra lembrou que, em primeiro lugar, é necessário que as pessoas afetadas ativem os seguros.
De acordo com a ministra, o Governo pode utilizar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a criação de uma área integrada de gestão florestal e verbas do programa Portugal 2030 para a recuperação da biodiversidade na zona atingida pelo fogo.
Além das medidas mais urgentes, a ministra também referiu soluções a médio e a longo prazo como o ordenamento da floresta e formação.
O incêndio deflagrou no passado sábadio, dia 5, e controlado na quarta-feira. Chegou a ter uma extensão de 50 km. A área ardida é cerca de 8.400 hectares.