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O alegado hacker português Rui Pinto vai manter-se em prisão domiciliária por decisão de um tribunal de recurso na Hungria, de acordo com o advogado Francisco Teixeira da Mota, em declarações ao "Público" esta quarta-feira.
O Ministério Público húngaro pedia que o português aguardasse em prisão preventiva a decisão sobre o pedido da extradição para Portugal, mas o tribunal de recurso manteve a decisão inicial de prisão domiciliária. A defesa do denunciante luso pedia liberdade para Rui Pinto, impedido de sair de Budapeste, local de residência.
Rui Pinto continua à espera da resposta da justiça húngara ao pedido de extradição para Portugal, depois de ser acusado de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa colectiva e uma tentativa de extorsão.
FC Porto e Benfica não estão envolvidos nos crimes que Rui Pinto é imputado. O único clube associado é o Sporting, que terá sido uma das vítmas de acesso ilegítimo à correspondência privada do departamento jurídico do clube leonino.
O fundo de investimento da Doyen Investment Sports é o principal visado nos crimes de acesso ilegítimo e extorsão. Rui Pinto terá contactado Nélio Lucas, um dos representantes da empresa em questão, e exigido um valor entre 500 mil euros e um milhão de dólares para não divulgar os e-mails que teve acesso.