A população de dadores de sangue está a ficar cada vez mais envelhecida, alerta o presidente da Federação Portuguesa dos Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES).
Em declarações à Renascença, Alberto Mota defende que, para evitar situações de falta de stock de sangue nos hospitais portugueses, seriam necessários “mais 40 mil a 45 mil novos dadores todos os anos”.
“Tudo indica que no ano de 2022 tivemos um número de dadores muito parecido com 2021: tivemos cerca de 35 mil dadores novos pela primeira vez. Nós precisamos de ter esses 35 mil dadores todos os anos e, ao reforçar, o ideal seria termos na casa dos 40 mil a 45 mil pessoas todos os anos para ter alguma estabilidade para o futuro”, acrescenta.
Alberto Mota reconhece que a população dadora de sangue em Portugal está envelhecida e que falta, ainda, ter mais pessoas jovens entre os dadores regulares.
Na faixa etária dos 44 aos 65 anos, “estão cerca de 90 mil a 95 mil dadores. E temos uma faixa dos 18 aos 34, muito mais baixa, por isso nós precisamos de rapidamente alterar o sentido da idade de doação”.
No terreno, a FEPODABES faz um esforço para sensibilizar potenciais futuros dadores, “seja nas escolas, seja nas faculdades, para tentar captar novos dadores para o imediato e mesmo para o futuro, porque com esta faixa de idades que nós neste momento temos, preocupa-nos o que vai acontecer às dádivas de sangue daqui a 10 ou 15 anos”.