O ministro da Administração Interna determinou à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito para apuramento dos factos relacionados com a atuação policial ocorrida no domingo, na Amadora.
A informação é avançada numa nota à comunicação social, segundo a qual a PSP deverá transmitir “à IGAI todos os elementos da averiguação interna que tem estado a realizar”.
Tudo aconteceu no domingo, dia 19, depois de a mulher, Cláudia Simões, se ter recusado a pagar o bilhete da filha num autocarro. O motorista pediu a intervenção da polícia e Cláudia acabou detida.
O caso envolve denúncias de agressão por parte do agente, ao que a Direção Nacional da PSP reagiu, informando que informou que o polícia acusado “foi abordado pelo motorista de autocarro de transporte público que solicitou auxílio em face da recusa de uma cidadã em proceder ao pagamento da utilização do transporte da sua filha, e também pelo facto de o ter ameaçado e injuriado”.
“Este polícia, depois de se inteirar da versão dos acontecimentos prestada pelo motorista, dirigiu-se à cidadã”, esclareceu a PSP, referindo que a mulher reagiu de forma “agressiva” perante a iniciativa do polícia em tentar dialogar, “tendo por diversas vezes empurrado o polícia com violência, motivo pelo qual lhe foi dada voz de detenção”.
Na terça-feira, Cláudia Simões (uma angolana de 42 anos) foi constituída arguida e sujeita à medida de coação de termo de identidade e residência. Cláudia foi presente a um juiz de instrução criminal e ficou indiciada do crime de resistência e coação sobre agente da autoridade.
O polícia envolvido "não foi constituído arguido", avançou fonte da Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) citada pela agência Lusa.
Foi ainda aberto um inquérito para averiguar as circunstâncias da ocorrência, dado que ambas as partes apresentam versões contraditórias.