O CDS vai apresentar nova moção de censura ao Governo. A decisão foi tomada esta sexta-feira, pela comissão executiva do partido, e a justificação será apresentada por Assunção Cristas, numa conferência de imprensa marcada para as 16h00 desta sexta-feira.
A Renascença sabe que o argumento da líder do CDS é o de que este Governo está esgotado. Assunção Cristas apontará vários problemas como o facto de o Executivo ter cortado o diálogo com vários setores. Em particular na educação e na saúde, em que tem aumentado a tensão com os enfermeiros e agora também com os operadores privados por causa da ADSE.
A presidente do CDS deve também usar o pretexto da segurança. Esta semana, Cristas visitou esquadras e ouviu queixas de polícias que também ameaçam avançar para a greve.
Os números da economia divulgados esta semana, com o crescimento a ficar abaixo do previsto pelo Governo, também deve ser um aumento usado pelo CDS, que considera que o país está perante uma “oportunidade perdida”.
Em termos de tática política, Assunção Cristas também vai usar este instrumento para acentuar a sua pretensão de ser a líder da oposição e do único partido que corta de fato com o que chama de “governo de esquerdas”.
Ao apresentar uma moção de censura, Cristas força mais uma vez o PSD a uma clarificação. E também o PCP e o Bloco de Esquerda num momento em que já estão livres da aprovação ou não de qualquer orçamento.
O CDS já apresentou uma moção de censura ao Governo em Outubro de 2017, depois dos incêndios na zona centro. A moção foi rejeitada.
A moção deu entrada no Parlamento esta sexta-feira.