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O estado alemão da Baviera negociou um "contrato preliminar" para receber em breve 2,5 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a Covid-19, sujeito à aprovação do regulador europeu, anunciou esta quarta-feira o líder regional, Markus Soder.
Este "contrato preliminar é assinado hoje", indicou o eleito conservador da União Social-Cristã (CSU), partido irmão do de Angela Merkel, precisando que "se a Sputnik for aprovada na Europa, então o estado da Baviera receberá mais doses da vacina", 2,5 milhões, "até junho".
Soder disse que as negociações foram feitas com uma empresa farmacêutica da região situada na cidade de Illertissen. A sociedade R-Pharm Germany, filial do gigante russo de fabrico de medicamentos R-Pharm, possui uma linha de produção na zona e pode fabricar a vacina russa, segundo 'media' alemães.
Possível candidato à sucessão de Merkel, Soder já tinha pedido em março para o regulador europeu EMA, que está a analisar a Sputnik, "acelerar" o processo de aprovação.
O dirigente bávaro defendeu que os estudos divulgados sobre a vacina mostram que é "altamente segura".
A Baviera, o maior “Land” alemão, é o primeiro estado regional a fazer uma tal encomenda, numa altura em que a campanha de vacinação no país vacila devido à organização logística e ao número de doses disponíveis.
Até segunda-feira, de acordo com os últimos balanços, foram administradas pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 a 12,7% da população e 5,5% receberam as duas doses.
O Governo alemão tem afirmado querer esperar que a EMA se pronuncie antes de discutir compras. Outros países ocidentais acusam Moscovo de utilizar a vacina como um instrumento de influência geopolítica, acusações que a Rússia rejeita.
A Alemanha registou 298 mortes relacionadas com a Covid-19 e 9.677 casos nas últimas 24 horas e no total, desde o início da pandemia, já morreram 77.401 pessoas e foram infetadas 2.910.455.
A pandemia de Covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019 na China, provocou pelo menos 2,8 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 131,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço da agência France Presse.