O Papa Francisco disse nesta terça-feira que foi com “profundo pesar” que recebeu a notícia do falecimento do Cardeal Cláudio Hummes, da arquidiocese de S. Paulo, no Brasil.
Num telegrama enviado ao Arcebispo Metropolitano da arquidiocese, Cardeal Odilo Pedro Sherer, Francisco agradece a Deus pelos “longos anos de seu dedicado e zeloso serviço, sempre pautado pelos valores evangélicos, à santa mãe Igreja nos diversos encargos pastorais que lhe foram confiados, tanto no Brasil como na Cúria romana”.
O Santo Padre lembra também o “empenho” do cardeal Hummes “em anos recentes, pela Igreja que caminha na Amazónia” e referiu que “trago sempre vivas na memória as palavras que Dom Cláudio me disse no dia 13 de março de 2013, pedindo-me que não me esquecesse dos pobres.”
E termina a sua mensagem, enviando a sua bênção apostólica “como penhor de consolação e de esperança na vida eterna”.
O cardeal e arcebispo emérito de São Paulo, D. Cláudio Hummes, que liderou o Sínodo da Amazónia e era empenhado no combate à crise climática, morreu nesta segunda-feira aos 87 anos, vítima de um cancro.
D. Cláudio Hummes, que em 2006 foi nomeado pelo Papa Bento XVI como prefeito da Congregação para o Clero do Vaticano e membro da Ordem Franciscana dos Frades Menores desde 1952, tornou-se conhecido no Brasil há cerca de 40 anos como responsável pela Pastoral Obrera, na qual atuou entre 1979 e 1990.
Hummes foi nomeado arcebispo de São Paulo em 1998 pelo Papa João Paulo II, que em 2001 o nomeou cardeal, e ocupou essas funções até que em 2006 foi transferido por Bento XVI para Roma, para assumir a Congregação para o Clero do Vaticano.
Em setembro de 2019, o cardeal Hummes desempenhou um papel de liderança durante o Sínodo sobre a Amazónia, do qual foi relator.