As duas entidades representativas do setor do táxi apelaram esta quarta-feira para que os profissionais se mantenham em protesto nas ruas, depois de terem estado reunidas com os grupos parlamentares.
Após os encontros no parlamento, já nos Restauradores, local do início do protesto em Lisboa, o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio de Almeida, disse que tanto esta entidade como a Federação Portuguesa do Táxi entendem que o protesto deve continuar.
Os taxistas estão concentrados em Lisboa, Porto e Faro, com as viaturas paradas nas ruas, para tentar impedir a entrada em vigor, em 1 de novembro, da lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte de passageiros em veículos descaracterizados.
Porto mantém protesto
Os taxistas concentrados na Avenida dos Aliados, no Porto, decidiram manter a concentração, seguindo o apelo feito pelas entidades representativas do setor.
"Não saímos, não saímos", foi o grito que se ouviu nos Aliados assim que foi conhecida a decisão em Lisboa.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Lima da Federação de Táxis do Porto, disse que as promessas feitas esta quarta-feira nas reuniões com os partidos "não satisfazem, não chegam"
"Por isso não podemos sair daqui. O que nos prometem é muito pouco", assinalou.
Questionado sobre a necessidade de autorização para os taxistas poderem permanecer na avenida dos Aliados, o responsável disse que iria "de imediato falar com o comandante metropolitano da PSP".
Pelas 19h15, os taxistas já tinham montada uma pequena tenda de campismo em frente à Estátua de Almeida Garrett, nos Aliados.
Ao longo da avenida estão concentrados cerca de 200 táxis, ocupando uma faixa de rodagem em cada sentido.