Ainda há cinco mil clientes que estão sem serviço de telefone fixo na sequência dos incêndios de outubro na zona centro. A informação é avançada pelo presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), João Cadete de Matos, em entrevista ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença.
“De acordo com o último diagnóstico que fizemos, quer através do contacto que temos feito sistemático com as juntas de freguesia das zonas ardidas, quer através das informações que temos portado aos operadores, ainda existiam, a semana passada, cerca de cinco mil clientes que não tinham visto repostos os seus serviços”, refere.
“Consideramos absolutamente urgente que esta situação seja revista”, acrescenta o presidente da ANACOM.
Para João Cadete Matos, a responsabilidade pelo atraso na reposição do serviço de telefone é da Altice, que detém a maioria dos clientes, mas também não isenta a NOS, operadora que tem o serviço universal de telefone.
"A NOS, durante os cinco anos do contrato de serviço universal de telefone fixo vai receber, se o contrato for até o fim, quase 10 milhões de euros. E até hoje, durante os três anos e tal que já decorreram, apenas prestou serviço de telefone fixo, de acordo com a última informação que recebemos, a dois clientes”, denuncia.
“Portanto para nós é incompreensível que a NOS reivindique o direito de manter este contrato até o fim e não tenha ainda ido junto das populações que não tem telefone fixo e contatado e oferecendo para no próprio dia ou no dia seguinte instalar o telefone fixo”, remata.