O Governo de São Paulo confirma que há 46 mortes no Litoral Norte do estado, por causa do temporal que atingiu várias cidades da região.
Só na cidade de São Sebastião, a mais atingida pelas inundações e deslizes de terras, foram registadas 45 vítimas mortais naquela que já é considerada “uma das maiores tragédias da história” da região, que suportou um nível de precipitação recorde no país, com mais de 680 milímetros em 24 horas. A outra morte foi registada na cidade de Ubatuba.
Há ainda 40 pessoas que continuam dadas como desaparecidas.
Mais de 600 tropas, incluindo soldados do exército, bombeiros, agentes da Defesa Civil e os próprios moradores continuam os esforços de busca e salvamento para localizar os desaparecidos e salvar as pessoas que forem sendo localizadas.
Os trabalhos incidem especialmente em bairros da costa sul da cidade de São Sebastião, como a Vila do Sahy, área que concentra a maioria das vítimas da tragédia.
De acordo com os meios de comunicação locais, entre os resgatados, encontra-se a ministra da Gestão do Brasil, Esther Dweck, que estava com a sua família numa urbanização na praia de Camburi, em São Sebastião.
Segundo as autoridades locais, cerca de 2.500 pessoas foram forçadas a fugir das suas casas e a refugiar-se temporariamente nas casas de familiares, escolas e organizações da sociedade civil.
As chuvas torrenciais causaram numerosas inundações e deslizamentos de terra em pelo menos seis cidades ao longo da costa turística de São Paulo: São Sebastião, Caraguatatuba, Guarujá, Bertioga, Ilhabela e Ubatuba.
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, sobrevoou na segunda-feira as zonas mais atingidas, acompanhado por uma grande delegação de ministros e comprometeu-se a reconstruir as casas destruídas ou danificadas na região, apelando às autoridades do país para que parassem de construir em zonas consideradas de alto risco de inundações e deslizamentos de terras.