Os Estados Unidos estão preocupados com possíveis ataques russos a alvos específicos do governo e civis ucranianos durante o Dia de Independência da Ucrânia, na quarta-feira, quando também se completam seis meses da invasão russa.
A embaixada americana em Kiev emitiu um alerta de segurança, no qual sublinhou ter “informações que a Rússia está a intensificar os esforços para lançar ataques contra a infraestrutura civil e instalações governamentais na Ucrânia nos próximos dias”.
No fim de semana, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante um dos seus discursos diários, declarou que os ucranianos devem “estar cientes de que esta semana a Rússia pode tentar fazer algo particularmente desagradável, algo particularmente cruel”.
As advertências ocorrem logo após a Rússia acusar os serviços secretos ucranianos do assassínio da filha do filósofo russo Alexander Dugin, próximo do Kremlin. A Ucrânia nega qualquer envolvimento.
Daria Dugina, uma jornalista de 29 anos de um canal de televisão nacionalista russo, morreu na explosão do carro que conduzia na região de Moscovo, no sábado à noite.
A sensação de medo que permeia a guerra concentra-se principalmente em relação à central nuclear de Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia, onde os contínuos bombardeamentos e combates levantaram temores de uma catástrofe nuclear.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou na segunda-feira para a ameaça nuclear em geral, principalmente porque a Rússia fez alusão ao seu enorme arsenal nuclear no início da guerra.
A guerra provocou 12 milhões de refugiados e de deslocados internos, segundo a ONU. A generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia.
A União Europeia e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.