O prolongamento do apoio de 60 euros para famílias vulneráveis será pago em julho aos beneficiários da tarifa social e da eletricidade e, em agosto, a quem recebe prestações sociais mínimas, esclareceu esta quinta-feira a ministra do Trabalho.
O Conselho de Ministros aprovou hoje o prolongamento do apoio de 60 euros às famílias mais vulneráveis, criado para atenuar o impacto do aumento dos preços dos bens alimentares.
Na quarta-feira o primeiro-ministro, António Costa, no primeiro debate sobre política geral da legislatura, na Assembleia da República, anunciou que "a medida extraordinária de apoio ao cabaz alimentar vai ser prolongado por mais três meses".
Esta quinta-feira, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, explicou que o apoio extraordinário para mitigar o aumento do preço nos bens alimentares seria "aplicada exatamente nos mesmos moldes" em que já foi paga em abril e maio.
"Esta medida voltará a ser e será paga em julho aos agregados familiares beneficiários da tarifa social da eletricidade e, em agosto, aos beneficiários das prestações sociais mínimas que não tenham sido abrangidos em julho", explicou, acrescentando que "é um apoio para três meses".
"Este apoio extraordinário criado é exatamente igual aquele foi criado antes e a questão dos três meses refere-se exatamente ao período a que este apoio corresponde, ou seja, ele foi calculado, tal como foi calculado na versão paga em abril e maio, em função do cálculo para três meses. É exatamente o mesmo que estamos a fazer agora, por isso é que está a ser agora aprovado, para quando acabam os primeiros três meses dos pagos em abril, esses serão pagos em julho, e dos pagos em maio, serão pagos em agosto", detalhou.
O apoio irá assim abranger "o mesmo universo de agregados em abril e maio", o que significa um milhão e 70 mil agregados em julho e agosto, acrescentou a ministra.
Questionada sobre custaria o prolongamento desta medida, Ana Mendes Godinho estimou que terá um custo de aproximadamente 64 milhões de euros. A governante não excluiu ainda a hipótese de voltar a prolongar este apoio às famílias mais carenciadas.
O apoio extraordinário foi anunciado em março e pago pela primeira vez em abril a mais de 762 mil famílias e, em maio, a medida foi alargada, abrangendo mais 280 mil agregados familiares, totalizando assim mais de um milhão de beneficiários.
No primeiro mês da sua aplicação, em abril, o apoio abrangeu apenas as famílias beneficiárias da tarifa social de eletricidade e em maio foi pago aos beneficiários de prestações sociais mínimas não abrangidos pela tarifa social.
O valor do apoio extraordinário é de 60 euros por agregado familiar e é pago de uma só vez, sendo a sua atribuição pela Segurança Social automática.
O apoio extraordinário para as famílias mais vulneráveis foi anunciado em março pelo Governo e tem com o objetivo de compensar o aumento nos preços dos bens alimentares de primeira necessidade, devido ao conflito na Ucrânia.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quarta-feira que o Governo ia aprovar hoje o alargamento por mais três meses do apoio extraordinário ao cabaz alimentar, indicando que a medida abrange "cerca de um milhão de famílias".
[notícia atualizada às15h30]