Portugal precisa de manter o necessário, mudar o indispensável e romper com o inaceitável.
Os portugueses não precisam de quimeras, mas de uma esperança confiável.
Uma esperança que nos faça acreditar num futuro com mais justiça e mais dignidade.
Justiça e dignidade na geração e na distribuição da riqueza.
Justiça e dignidade em todas as fases da vida - desde a escola ao trabalho, do nascimento até à morte.
As ondas de choque provenientes da guerra na Europa e no médio oriente ou as oscilações que resultem das eleições europeias e das eleições americanas, não podem servir de desculpa para deixar de fazer o que pode ser feito.
O contexto internacional que vivemos não reduz, antes aumenta a nossa responsabilidade como um todo; responsabilidade dos eleitos, mas também dos eleitores.
Passado o período eleitoral é tempo de construir e dialogar. Para que as diferenças produzam melhores soluções e não constituam trincheiras onde se enterrem as esperanças dos portugueses.
Cinquenta anos volvidos, é preciso não esquecer que no 25 de Abril e nos anos que se seguiram, foi necessária muita sabedoria, coragem e determinação. E sempre assim será. Porque é nos momentos de crise que se afirmam os líderes e os países.