​Picasso vandalizado com tinta vermelha no CCB não ficou danificado
13-10-2023 - 14:27
 • Maria João Costa

O CCB garante que o quadro estava protegido por um acrílico e não sofreu danos. Os dois ativistas foram detidos pela PSP e levados para interrogatório. A obra foi retirada para as reservas, mas o CCB assegura que irá voltar em breve à exposição.

O Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, assegura, em comunicado, que devido à proteção acrílica, o quadro “Femme dans un fauteuil”, de Pablo Picasso, em exposição no Museu do CCB e que foi atacado esta sexta-feira com tinta vermelha por dois ativistas ambientais da Climáxico, não sofreu danos.

A obra “não foi diretamente atingida, nem danificada” e já foi “retirada do espaço expositivo e encontra-se em segurança nas reservas do museu”, refere o CCB, em comunicado enviado à Renascença.

A obra, uma das mais valiosas da coleção Berardo, está avaliada em 18 milhões de euros. Num esclarecimento sobre a tentativa de vandalização da tela, o CCB explica que o incidente aconteceu pouco depois do meio-dia, quando dois ativistas “aproximaram-se da obra de Picasso intitulada ‘Femme dans un fauteuil’ (1929) atirando tinta vermelha em direção à obra”.

No mesmo comunicado, o CCB confirma que “a segurança do museu foi alertada, tendo-se cumprido o protocolo de segurança do museu”. A PSP foi chamada ao local, o museu esteve fechado temporariamente.

As portas reabriram pouco antes das 14h00. A obra, depois de ter sido retirada para as reservas, “será em breve recolocada em exposição”, garante o CCB.

Em comunicado enviado à Renascença, a Climáximo afirma que "os ativistas denunciam a crise climática, uma guerra declarada às pessoas, conscientemente, por governos e grandes empresas emissoras".

"As instituições culpadas pelo colapso climático declararam guerra às pessoas e ao planeta. Temos de parar de aceitar esta normalidade" indica Sara, que esteve presente na ação, citada no comunicado.

A associação sublinha que a obra de Picasso "encontra-se coberta por um vidro protetor, não tendo sido diretamente atingida".

Esta é a mais recente ação dos ativistas pelo ambiente, que nas últimas semanas atacaram o ministro do Ambiente com tinta verde durante uma entrevista.

Também atiraram tinta vermelha contra a fachada da FIL, partiram vidros da sede da REN, cortaram a Segunda Circular e outras estradas em Lisboa e, na quinta-feira, taparam os buracos de um campo de golfe.