As autoridades da Nigéria confirmaram a detenção de cinco suspeitos de participação num ataque a uma igreja católica no estado de Ondo, atribuído ao Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap) e que matou 40 pessoas.
O general Lucky Irabor, chefe do Estado-Maior do Exército, explicou, numa conferência de imprensa em Abuja, capital do país, que os supostos agressores foram presos em operações recentes em várias zonas do país, sem especificar o número de detidos, e indicou que serão levados à justiça logo que a investigação esteja concluída.
Lucky Irabor deu o nome de um dos supostos mentores do ataque, Abdul Malik Omeiza, também conhecido como Ibn Malik, como um dos autores do ataque, em junho passado, contra uma esquadra de polícia no estado de Kogi (centro-norte), no qual um polícia foi morto e algumas armas foram roubadas.
Por sua vez, o governador do estado de Ondo, Rotimi Akeredolu, declarou que cinco dos supostos agressores no ataque à Igreja Católica de São Francisco, na cidade de Owo, já foram presos.
"Agora que os militares anunciaram, posso dizer que já prenderam cinco deles. Mas ainda estão no rasto do resto", disse o governador.
Akeredolu disse que a pessoa que os hospedou na sua casa em Owo também foi presa.
"Não poupamos esforços. Fico feliz que o chefe do Estado-Maior da Defesa o tenha anunciado. Já sabíamos há muito tempo, mas não podíamos divulgar porque ainda há mais tarefas em andamento", acrescentou.
Em 5 de junho, homens armados disfarçados de membros da congregação dispararam tiros e usaram explosivos no ataque a uma igreja, segundo a polícia.
Dias depois, o governo da Nigéria atribuiu o ataque ao Iswap, uma fação do grupo terrorista Boko Haram.
Além disso, em 19 de junho, homens armados mataram pelo menos três pessoas e sequestraram dezenas de paroquianos numa igreja batista e católica na cidade de Rubu, no norte da Nigéria.
A Nigéria sofre de uma enorme insegurança, com ataques incessantes de bandidos e sequestros em massa para resgates lucrativos no centro e noroeste do país.
O nordeste sofre com a ameaça terrorista do Boko Haram desde 2009 e, desde 2015, da sua fação Iswap.
Ambos os grupos mataram mais de 35 mil pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, segundo dados do governo e da ONU.